Conhecido pela tríade de serviços de geração, transmissão e distribuição de energia (GTDE), o setor energético foi considerado, por muito tempo, um mercado restrito a poucas empresas e suas grandes usinas instaladas em áreas distantes. Mas com o advento da geração distribuída (GD) está mudando essa realidade, principalmente quando o assunto é energia solar: uma das mais simples e baratas para se instalar em pequenos espaços.
Nessa nova lógica, a energia deixa de ser produzida apenas na usina para ser gerada em qualquer lugar: no telhado do comerciante, na garagem dos condomínios e, em breve, em pequenas estruturas como janelas e até um celular.

O Brasil é um país com vasta oferta de fontes de energias renováveis para a geração elétrica, mas dentro das diferentes possibilidades de fontes limpas, a energia solar ganha destaque devido à abundância de luz solar no País. Estudos mostram que a incidência de luz solar disponível em qualquer uma das cidades brasileiras é suficiente para pessoas e empresas gerarem a energia que consomem através do conjunto de placas solares, chegando a economizar até 95% na conta de luz.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Minas Gerais é o estado que mais tem aproveitado essa fonte de energia, com 103,4 MWp (megawatt pico) de capacidade em projetos de geração distribuída. O Estado também foi pioneiro na isenção do ICMS para o segmento e tem cidades que se destacam entre as que mais utilizam a energia solar no Brasil. Entre elas estão Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que aparece em quarto lugar com 563 sistemas e Belo Horizonte, que é a sexta colocada com 520 sistemas.

Restrito a poucas empresas e suas grandes usinas instaladas em áreas distantes. Mas com o advento da geração distribuída (GD) está mudando essa realidade, principalmente quando o assunto é energia solar: uma das mais simples e baratas para se instalar em pequenos espaços. Nessa nova lógica, a energia deixa de ser produzida apenas na usina para ser gerada em qualquer lugar: no telhado do comerciante, na garagem dos condomínios e, em breve, em pequenas estruturas como janelas e até um celular.

Potencial – Para se ter ideia do potencial desse mercado, basta olhar para o número de brasileiros inseridos no segmento de geração distribuída criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): são 43 mil pessoas. E a estimativa da agência é de que esse público cresça para mais de 886 mil consumidores até 2024. A previsão é baseada no rápido desenvolvimento do mercado, que cresceu mais de 300% nos últimos anos.
Essa realidade está ligada a um fenômeno de descentralização da produção de energia, conforme explica o diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Thiago de Azevedo Camargo. A ideia de que a energia pode ser gerada em qualquer lugar muda a lógica de funcionamento do setor, que antes só enfrentava um mercado com real concorrência no consumo de altas potências. Agora, há a possibilidade de novos “fornecedores” também para o pequeno consumidor.

“A transmissão de energia ainda é um mercado restrito porque você só tem uma empresa para passar a energia e não faz sentido ter vários postes. Mas a produção e a comercialização podem acontecer em qualquer lugar. A geração distribuída vai permitir que as pessoas comprem energia de outras fontes e não demora o tempo em que os consumidores poderão comprar energia por meio de um aplicativo”. Por causa disso, ele explica que a Cemig já está revendo seu modelo de negócio para que não se atenha apenas à venda de energia. A ideia, segundo ele, é oferecer uma plataforma de serviços dentro do segmento de energia.
“Muito mais que a energia em si, a Cemig passará a oferecer um pacote de serviços para o consumidor gastar menos energia em casa, produzir parte da energia que ele consome e ser mais eciente. Queremos oferecer soluções de acordo com as necessidades de cada um dos clientes”, detalha.
Para o diretor, esse é um caminho sem volta e a adaptação do modelo de negócios é questão de sobrevivência. “As novas tecnologias mudaram a realidade do setor e mostraram que ele pode ser mais exível e competitivo. Nesse contexto, a Cemig não podia deixar de aproveitar sua reputação, expertise e embarcar nessa mudança”, frisa o papel do RTBT/RTRS na geração de energia distribuída.

Basicamente o RTBT atuará como um regulador com fluxo bidirecional da energia.No excesso de oferta gerado do consumidor para a rede, temos grande potencial de sobretensão que deve ser condicionada para níveis de tensão de acordo com o módulo 8 do prodist.

O inverso também acontece quando temos uma interrupção da geração (nuvens, manutenção, período noturno, etc).Neste caso a tensão fornecida pela concessionária pode cair, e para evitar sobtensões, o RTBT também atuará, eliminando problemas e investimento ocioso, posto que grande parte do tempo o sistema será recebedor de energia gerada localmente.

O clássico dimensionamento da subestação até o ramal consumidor, portanto, demanda outros algoritmos de ajustes, sendo o RTBT um elemento de regulação automática validado pela Unicamp, CPQD e CPFL no P&D de telhados solares finalizado em 2018.

Segue o link para maiores informações:
https://www.cpfl.com.br/energias-sustentaveis/inovacao/projetos/paginas/pa3012-telhados.aspx

Mais informações sobre o RTBT no site https://www.rta.com.br/produtos/rtbt/

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